Governo avisa líderes partidários de que vai entrar no STF para manter decretos do IOF
Planalto afirma que não busca confronto com o Congresso, mas quer garantir no STF o direito do presidente de ajustar o IOF por decreto. Moraes será o relator ...

Planalto afirma que não busca confronto com o Congresso, mas quer garantir no STF o direito do presidente de ajustar o IOF por decreto. Moraes será o relator do IOF no STF O governo federal informou a líderes partidários que deve acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (1º) para tentar manter em vigor os decretos que alteraram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão foi considerada tecnicamente viável pela área jurídica do governo e tem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os decretos foram derrubados pelo Congresso na semana passada, numa das mais duras derrotas de Lula neste terceiro mandato. O governo contava com o aumento no IOF para cobrir o rombo nas contas públicas. A peça jurídica a ser enviada ao STF já está pronta e foi apresentada a Lula nesta segunda-feira (30). Governo avalia reverter, na Justiça, derrubada do decreto presidencial que aumentou o IOF Jornal Nacional/ Reprodução Segundo assessores do Palácio do Planalto, a iniciativa não busca confrontar nem desrespeitar o Congresso Nacional, mas sim defender as prerrogativas do Executivo. O governo entende que Lula tem o direito de alterar o IOF por decreto, de acordo com a Constituição. A entrega ao STF dependia de conversas políticas com o parlamento, consideradas concluídas pela articulação do governo. O entendimento no Planalto é de que há base jurídica sólida para sustentar os decretos. O recurso ao STF será apresentado como forma de esclarecer o alcance das competências constitucionais do Poder Executivo na modulação de alíquotas de tributos regulatórios, como o IOF. O ministro Alexandre de Moraes deverá ser o relator da ação do governo. Isso porque Moraes já é relator de uma ação do PSOL que também pede a manutenção dos decretos.